Myrian Fernanda dos Santos Lima, Psicóloga Clínica - CRP: 02/22362

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DEPRESSÃO

A depressão é uma doença mais comum da era moderna, atinge homem, mulheres e crianças sem distinção de classe social. É séria e afeta negativamente como você se sente, como pensa e como age, atinge a humanidade desde suas origens.
Uma doença mental, crônica e recorrente, que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite.
É preciso entender que ela não é apenas uma tristeza passageira, mas sim uma doença. Porém, algumas pessoas vivenciam esse sentimento de forma muito intensa e por períodos muito longos, que podem não ser apenas dias, mas sim meses e até mesmo anos. O humor permanece deprimido praticamente o tempo todo, e desaparece o interesse pelas atividades, que antes davam satisfação e prazer. Essas pessoas nem sempre tem um motivo aparente para se sentirem assim.
A depressão é uma doença incapacitante, considerada o "mal do século" pela Organização Mundial da Saúde, a depressão ainda é um desafio para médicos psicólogos e pacientes. Os quadros variam de intensidade e duração e podem ser classificados em três diferentes graus: leve, moderado e grave. Alguns tipos de depressão são: clássica, distimia, transtorno bipolar e sazonal. 
Fisiologicamente, a depressão é um desequilíbrio no cérebro. Mas, ao contrário de outras doenças, ela não pode ser tratada apenas com medicamentos, já que ela é uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais.
Pode aparecer em diversas idades desde criança, adolescentes ate idoso, e por diversos motivos.
Embora seja mais frequente entre mulheres. Alguns sintomas que podem ser detectados são:
Humor deprimido na maior parte do dia e quase todos os dias sendo expressado por tristeza ou irritabilidade;
Falta de interesse nas atividades que costuma exercer, ou que sentia prazer em fazer;
Sentimento de desesperança;
Problemas sexuais, como a falta de interesse; 
mudança no apetite, levando ao ganho ou à perda de peso; 
Insônia ou hipersonia;
Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias;
Perda de energia ou fadiga;
Excesso de culpa e sentimentos de inutilidade;
Vontade de não viver mais;
Apatia e Falta de motivação;
Medos que antes não existiam;
Dificuldade de concentração;
Alto grau de pessimismo;
Indecisão;
Insegurança;
Sensação de vazio;
Raciocínio mais lento e Esquecimento;
Ansiedade, Angústia;
Além disso, o indivíduo pode apresentar alguns sintomas físicos que os médicos não conseguem encontrar causas aparentes, como:
Problemas no estômago ou na digestão; 
Dores de barriga;
Azia e Má digestão;
Constipação;
Flatulência;
Tensão na nuca e nos ombros;
Dores de cabeça, Dores no corpo;
Pressão no peito.
Se a pessoa por duas semanas e sem motivos recentes, apresentar no mínimo cinco sintomas, é bem provável que essa pessoa precise da ajuda de um profissional; Porém, é necessário o psicodiagnóstico completo para termos certeza do quadro. Uma vez identificado o transtorno depressivo, começa-se o tratamento psicológico, podendo este acontecer em conjunto com o a farmacoterapia, se necessário.
A psicoterapia ou simplesmente terapia é a primeira forma de tratamento recomendada para a depressão. Durante as sessões o paciente conversa com um especialista em tratamento de doenças mentais que vai ajudá-lo a identificar e trabalhar fatores que possam estar causando a depressão. Muitas vezes, esses fatores emocionais se unem a outros como hereditariedade e desbalanceamentos químicos. A terapia ajuda a pessoa com depressão, a entender comportamentos, emoções e ideias que possam estar contribuindo para a doença. 
Identificar e entender problemas ou eventos da vida, como uma doença grave, a morte de alguém, a perda de um emprego, uma separação; 
Recuperar o prazer pela vida e o sentimento de controle sobre ela, aprender técnicas para lidar com os problemas. 
A depressão é na realidade uma ampla família de doenças, por isso denominada Síndrome. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos.
Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais, muitas vezes, são consequência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética.
Tipos de terapia:
Individual
: Envolve apenas o paciente e o terapeuta 
Grupo: Dois ou mais pacientes podem participar da terapia ao mesmo tempo. Durante a sessão, eles dividem suas experiências e aprendem que outras pessoas sentem as mesmas coisas que eles e podem ter tido as mesmas experiências 
Casal: O casal aprende a compreender os problemas e sentimentos do seu parceiro e quais mudanças no comportamento e na comunicação podem ajudar 
Familiar: Como a família é um elemento-chave para ajudar quem está com depressão, pode ser útil seus membros compreenderem o que está acontecendo com a pessoa amada e como podem ajudar.
Profissionais especializado em tratar distúrbios psicológicos: Como os psiquiatras são médicos, eles podem prescrever remédios, como antidepressivos. Alguns também são psicoterapeutas. Psicólogo
profissional que se especializa em tratar distúrbios mentais ou emocionais. Em geral, ele usa a psicoterapia para tratar pessoas em depressão.
Fatores de risco
Alguns fatores podem facilitar o aparecimento dessa patologia;
Neurotransmissores alterados;
Fatores genéticos;
Doenças crônicas;
Eventos traumáticos na infância ou mesmo vida adulta;
Abuso de substâncias, como álcool, cigarro e drogas ilícitas;
Medicamentos e seus efeitos colaterais;
Acúmulo de estresse;
Muitas pessoas desconhecem, mas a depressão pode ser dividida em vários tipos.
Episódio depressivo
Um episódio depressivo costuma ser classificado como um período de tempo em que a pessoa apresenta uma alteração em seu comportamento.uma pessoa passando por um episódio depressivo apresenta sintomas da síndrome.  Estes quadros tendem a ter uma duração mais curta, de até seis meses, sem uma intensificação dos sintomas.
Se uma pessoa começa a ter quadros depressivos recorrentes ou mantém os sintomas de depressão por mais de seis meses com uma intensificação do quadro, pode-se considerar que ela esteja passando por um transtorno depressivo maior.
Depressão maior (ou grave)
Normalmente o transtorno depressivo maior é um quadro mais grave e também tem grande relação com a herança genética. Nele há uma mudança química no funcionamento do cérebro, que pode ser desencadeada por uma causa física ou emocional.
Esse tipo de depressão é menos comum do que a leve ou moderada e é caracterizada por sintomas intensos e implacáveis.
Quando não tratada, a depressão maior tem duração de cerca de seis meses e, algumas pessoas, são atingidas por apenas um único episódio em toda sua vida.
Depressão atípica
Subtipo da depressão maior, a depressão atípica é caracterizada por um padrão de sintomas bem específico. As pessoas que sofrem desse tipo de depressão podem ter um pico de humor temporário em resposta a eventos positivos.  Outros sintomas recorrentes são o ganho de peso, sono em excesso e sensibilidade à rejeição.
Depressão sazonal
O maior exemplo de depressão sazonal são os episódios de tristeza relacionados ao inverno, que ocorrem devido à baixa exposição à luz solar.
Existem outros tipos de depressões sazonais, ligadas à épocas do ano, por exemplo, durante as festas de final de ano onde os níveis de estresse acabam aumentando.
Fique atento com períodos de tristeza de desânimo que acontecem em períodos épocas específicas - sempre que está frio ou sempre próximo de uma data específica, por exemplo.
Distimia (ou depressão leve)
A distimia, também chamada de distúrbio distímico, é uma forma de depressão. É menos grave do que a depressão maior, mas geralmente dura mais. Muitas pessoas com esse tipo de depressão descrevem ter sido deprimidas desde que possam se lembrar, ou sentem que estão entrando e saindo de depressão o tempo todo. Como resultado, uma pessoa com distimia tende a acreditar que a depressão é parte de seu personagem. A pessoa com distimia nem sequer pensa em falar sobre esta depressão com médicos, familiares ou amigos.
Os sintomas da distimia são semelhantes aos da depressão maior. No entanto, eles tendem a ser menos intensos.
Algumas pessoas podem sofrer com episódios de depressão maior em cima da distimia.
Os sintomas podem se transformar em um episódio de grande depressão. Esta situação às vezes é chamada de “depressão dupla” porque o segundo problema (episódio depressivo maior) se sobrepõe aos sentimentos habituais de baixo humor. As pessoas com distimia têm uma chance maior do que a média de desenvolver depressão maior.
Depressão bipolar
As fases de depressão dentro do transtorno bipolar também são consideradas um subtipo de depressão. Os sintomas apresentados na fase de depressão são os mesmos de um episódio depressivo. Já nas fases de euforia, o paciente pode apresentar sintomas.
Agitação
Ocupação com diversas atividades
Obsessão com determinados assuntos
Aumento de impulsividade
Aumento de energia
Desatenção
Hiperatividade.
Depressão pós-parto
A gravidez pode ser um momento extremamente difícil para algumas mulheres, à depressão pós-parto acontece logo após o nascimento do bebe. Pode ser causado pelo alteração hormonal da fim da gravidez. Hoje existem tratamentos que podem ser feitos logo após a identificação do quadro de depressão pós-parto, sendo assim, o quão rápido a doença for identificado mais eficácia terá o tratamento.
Depressão psicótica
A depressão psicótica alia os sintomas de tristeza a outros menos típicos, como delírios e alucinações. Este é considerado um tipo de depressão grave, mas costuma ser raro. No entanto, qualquer pessoa pode desenvolvê-lo, e não só quem tem histórico de psicoses na família.
Atitudes que ajudam no tratamento e prevenção da depressão:
Pratique exercícios físicos diários se possível;
Faça técnicas de relaxamento;
Arte-terapia;
Qualidade de sono;
Alimentação saudável e balanceada;
Prevenção e cuidados de outras doenças físicas, se existirem;
Manter a agenda em dia;
Fugir do álcool;
Voltar a ver beleza nas pequenas coisas;
Ocupe-se com atividades divertidas com lazer e hobby.
Dicas
Ou seja, sua qualidade de vida, seus relacionamentos e sua maneira de enfrentar o mundo, podem ser os gatilhos para a depressão aparecer. Quando a depressão estiver afetando negativamente sua vida, como ao causar dificuldades nos relacionamentos, nas questões do trabalho ou disputas familiares ou se alguém que você conhece estiver tendo pensamentos negativos.
A psicoterapia pode ajudar, é um tratamento baseado na conversa sobre a condição do paciente com um profissional da área da saúde mental. A depressão pode ter cura sim; Entretanto, como suas causas ainda não estão totalmente esclarecidas, não existe apenas um, mas vários tipos de tratamentos para a depressão.

 Myrian Fernanda

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