SÍNDROME
DE BURNOUT
O
termo “síndrome” denomina agrupamento de sinais e sintomas de um ou mais
distúrbios.
A Síndrome de Burnout é
um termo médico-psicológico que descreve o estado de exaustão prolongada e a
diminuição de interesse, especialmente em relação ao trabalho.
O termo "burnout" (do inglês "combustão
completa") descreve principalmente a sensação de exaustão da pessoa
acometida. Burnout é
um desgaste, tanto físico como mental, em que o indivíduo pode tornar-se
exausto, em função de um excessivo esforço que faz para responder às constantes
solicitações de energia, força ou recursos, afetando diretamente a qualidade de
vida do indivíduo e, consequentemente, de sua atividade profissional.
Percebe-se que, o número de doenças diretamente relacionadas com o estresse
está aumentando, e, concomitantemente, a preocupação sob formas de prevenção e
cura. O estresse e seus estados crônicos afetam diretamente a execução de
tarefas e o desenvolvimento do trabalho. Esta
síndrome também é conhecida como Síndrome de Esgotamento Profissional.
Portanto uma exaustão, tem como início em alguns transtornos emocionais como a
depressão e ansiedade, sua diferença entre um transtorno depressivo se dá pelos
sintomas serem tanto internos quanto externos (fisicamente). Esgotamento emocional
marcante derivada de muitas situações de estresse na vida profissional. É um
alerta que a mente dá ao indivíduo para que ele pare por um tempo e resolva
suas dificuldades internas.
Por isso, não é apenas o resultado de uma
quantidade alta de trabalho, mas de um trabalho que se tornou elemento
estressor e com características negativas para quem sofre da síndrome, a exaustão emocional abrange sentimentos de desesperança, solidão, depressão,
raiva, impaciência, irritabilidade, tensão, diminuição de empatia; sensação de
baixa energia, fraqueza, preocupação; aumento da suscetibilidade para doenças,
cefaleias, náuseas, tensão muscular, dor lombar ou cervical, distúrbios do
sono. O distanciamento afetivo provoca a sensação de alienação em relação aos
outros, sendo a presença destes muitas vezes desagradável e não desejada. Já a
baixa realização profissional ou baixa satisfação com o trabalho pode ser
descrita como uma sensação de que muito pouco tem sido alcançado e o que é
realizado não tem valor.
Muitos
autores afirmam que o relacionamento com outras pessoas no âmbito de trabalho é
uma fonte de estresse, e neste sentido, aparece em meados da década de 70 o
termo burnout. Maslach (1976)
descreve burnout como
processo gradual de exaustão, cinismo e queda da realização pessoal. Essa
síndrome caracteriza-se, também, por avaliação negativa de si mesmo, depressão,
apatia e insensibilidade em relação à quase tudo e todos, o que é
característico de profissões de ajuda, e de serviços humanos.
Maslach e Jackson (1981) encontram esgotamento
nervoso e despersonalização, onde o primeiro pode ser entendido pela situação
que os trabalhadores apresentam quando já não podem dar mais de si mesmo
afetivamente, é uma experiência de estar emocionalmente esgotado, devido ao
contato diário mantido com pessoas que hão de atender como objeto de trabalho.
A despersonalização pode ser definida como o desenvolvimento de sentimentos e
atitudes negativos e cinismo para as pessoas destinatárias de sua atividade. As
consequências sociais dos problemas relacionados ao burnout é um alerta demonstrado por
Benevides-Pereira (2002) ao afirmar que poderão ser observadas em profissionais
desempenhando suas atividades por meio de comportamentos distantes e frios, com
baixo envolvimento com o trabalho, assim como reduzida realização, até que
desistam de seus ideais e escolhas. Além disso, a exaustão física e emocional
presente na síndrome de burnout poderão
interferir na qualidade do trabalho desempenhado.
Mesmo o trabalho que motiva e
gratifica, quando realizado com afinco, exige esforço, capacidade de
concentração, de raciocínio, implicando desgaste físico e/ou mental, portanto
atuando na qualidade de vida.
Myrian Fernanda Lima
Psicóloga
Nenhum comentário:
Postar um comentário