Myrian Fernanda dos Santos Lima, Psicóloga Clínica - CRP: 02/22362

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BURNOUT

SÍNDROME DE BURNOUT

O termo “síndrome” denomina agrupamento de sinais e sintomas de um ou mais distúrbios. 
A Síndrome de Burnout é um termo médico-psicológico que descreve o estado de exaustão prolongada e a diminuição de interesse, especialmente em relação ao trabalho. 
O termo "burnout" (do inglês "combustão completa") descreve principalmente a sensação de exaustão da pessoa acometida. Burnout é um desgaste, tanto físico como mental, em que o indivíduo pode tornar-se exausto, em função de um excessivo esforço que faz para responder às constantes solicitações de energia, força ou recursos, afetando diretamente a qualidade de vida do indivíduo e, consequentemente, de sua atividade profissional. 
Percebe-se que, o número de doenças diretamente relacionadas com o estresse está aumentando, e, concomitantemente, a preocupação sob formas de prevenção e cura. O estresse e seus estados crônicos afetam diretamente a execução de tarefas e o desenvolvimento do trabalho. Esta síndrome também é conhecida como Síndrome de Esgotamento Profissional. 
Portanto uma exaustão, tem como início em alguns transtornos emocionais como a depressão e ansiedade, sua diferença entre um transtorno depressivo se dá pelos sintomas serem tanto internos quanto externos (fisicamente). Esgotamento emocional marcante derivada de muitas situações de estresse na vida profissional. É um alerta que a mente dá ao indivíduo para que ele pare por um tempo e resolva suas dificuldades internas. 
Por isso, não é apenas o resultado de uma quantidade alta de trabalho, mas de um trabalho que se tornou elemento estressor e com características negativas para quem sofre da síndrome, a exaustão emocional abrange sentimentos de desesperança, solidão, depressão, raiva, impaciência, irritabilidade, tensão, diminuição de empatia; sensação de baixa energia, fraqueza, preocupação; aumento da suscetibilidade para doenças, cefaleias, náuseas, tensão muscular, dor lombar ou cervical, distúrbios do sono. O distanciamento afetivo provoca a sensação de alienação em relação aos outros, sendo a presença destes muitas vezes desagradável e não desejada. Já a baixa realização profissional ou baixa satisfação com o trabalho pode ser descrita como uma sensação de que muito pouco tem sido alcançado e o que é realizado não tem valor.
Muitos autores afirmam que o relacionamento com outras pessoas no âmbito de trabalho é uma fonte de estresse, e neste sentido, aparece em meados da década de 70 o termo burnout. Maslach (1976) descreve burnout como processo gradual de exaustão, cinismo e queda da realização pessoal. Essa síndrome caracteriza-se, também, por avaliação negativa de si mesmo, depressão, apatia e insensibilidade em relação à quase tudo e todos, o que é característico de profissões de ajuda, e de serviços humanos. 
Maslach e Jackson (1981) encontram esgotamento nervoso e despersonalização, onde o primeiro pode ser entendido pela situação que os trabalhadores apresentam quando já não podem dar mais de si mesmo afetivamente, é uma experiência de estar emocionalmente esgotado, devido ao contato diário mantido com pessoas que hão de atender como objeto de trabalho. A despersonalização pode ser definida como o desenvolvimento de sentimentos e atitudes negativos e cinismo para as pessoas destinatárias de sua atividade. As consequências sociais dos problemas relacionados ao burnout é um alerta demonstrado por Benevides-Pereira (2002) ao afirmar que poderão ser observadas em profissionais desempenhando suas atividades por meio de comportamentos distantes e frios, com baixo envolvimento com o trabalho, assim como reduzida realização, até que desistam de seus ideais e escolhas. Além disso, a exaustão física e emocional presente na síndrome de burnout poderão interferir na qualidade do trabalho desempenhado. 
Mesmo o trabalho que motiva e gratifica, quando realizado com afinco, exige esforço, capacidade de concentração, de raciocínio, implicando desgaste físico e/ou mental, portanto atuando na qualidade de vida.

Myrian Fernanda Lima
Psicóloga 







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