Do ponto de vista psicológico, o trabalho provoca diferentes graus de
motivação e satisfação. Mudança na ética, mundo globalizado, competitivo,
alterações nos valores sociais deixam marcas indeléveis na vida do individuo.
Inserido em um sistema onde os meios de trabalho e as informações se
transformam muito rapidamente, o homem se esforça para desenvolver capacidades
de enfrentamento, ora criando, ora adaptando-se, no intuito de manter sua saúde
física, emocional e social.
Segundo Dejours (1994), o sofrimento está presente no campo que separa a
doença da saúde e o aparecimento de modos de funcionar robotizados, desprovidos
de afeto, traduzem aparente normalidade mesmo que a forma do vínculo ao
trabalho se respalde na ausência de prazer e no sofrimento silencioso. Em contrapartida,
a organização muitas vezes pressiona o indivíduo, levando-o a doenças,
insatisfação e desmotivação.
Conforme Codo (1999), esse sofrimento inicia quando a relação entre
homem e organização do trabalho está, em algum grau, bloqueada e o homem tem a
certeza de que o nível de insatisfação no trabalho não pode mais diminuir; as
vivências de sofrimento estarão presentes mesmo com a utilização máxima de seus
recursos intelectuais, afetivos, de aprendizagem e de adaptação.
À medida que o indivíduo está inserido no contexto organizacional,
está sujeito a diferentes variáveis que afetam diretamente o seu trabalho. Ou
seja, para que se atinja produtividade e qualidade, é preciso ter indivíduos
saudáveis e bem preparados tecnicamente.
Myrian Fernanda