O termo “síndrome” denomina agrupamento de sinais e sintomas de um ou mais distúrbios. A Síndrome de Burnout é um termo médico-psicológico que descreve o estado de exaustão prolongada e a diminuição de interesse, especialmente em relação ao trabalho. O termo "burnout" (do inglês "combustão completa") descreve principalmente a sensação de exaustão da pessoa acometida. Burnout é um desgaste, tanto físico como mental, em que o indivíduo pode tornar-se exausto, em função de um excessivo esforço que faz para responder às constantes solicitações de energia, força ou recursos, afetando diretamente a qualidade de vida do indivíduo e, conseqüentemente, de sua atividade profissional. Percebe-se que, o número de doenças diretamente relacionadas com o estresse está aumentando, e, concomitantemente, a preocupação sob formas de prevenção e cura. O estresse e seus estados crônicos afetam diretamente a execução de tarefas e o desenvolvimento do trabalho.
Muitos autores afirmam que o relacionamento com outras pessoas no âmbito de trabalho é uma fonte de estresse, e neste sentido, aparece em meados da década de 70 o termo burnout. Maslach (1976) descreve burnout como processo gradual de exaustão, cinismo e queda da realização pessoal. Essa síndrome caracteriza-se, também, por avaliação negativa de si mesmo, depressão, apatia e insensibilidade em relação à quase tudo e todos, o que é característico de profissões de ajuda, e de serviços humanos. Maslach e Jackson (1981) encontram esgotamento nervoso e despersonalização, onde o primeiro pode ser entendido pela situação que os trabalhadores apresentam quando já não podem dar mais de si mesmo afetivamente, é uma experiência de estar emocionalmente esgotado, devido ao contato diário mantido com pessoas que hão de atender como objeto de trabalho. A despersonalização pode ser definida como o desenvolvimento de sentimentos e atitudes negativos e cinismo para as pessoas destinatárias de sua atividade. As conseqüências sociais dos problemas relacionados ao burnout é um alerta demonstrado por Benevides-Pereira (2002) ao afirmar que poderão ser observadas em profissionais desempenhando suas atividades por meio de comportamentos distantes e frios, com baixo envolvimento com o trabalho, assim como reduzida realização, até que desistam de seus ideais e escolhas. Além disso, a exaustão física e emocional presente na síndrome de burnout poderão interferir na qualidade do trabalho desempenhado. Mesmo o trabalho que motiva e gratifica, quando realizado com afinco, exige esforço, capacidade de concentração, de raciocínio, implicando desgaste físico e/ou mental, portanto atuando na qualidade de vida.
Myrian Fernanda
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