Myrian Fernanda dos Santos Lima, Psicóloga Clínica - CRP: 02/22362

O Viver Poiesis tem como objetivo trazer informações sobre questões Psicológicas e Mentais, para você pensar, praticar e aplicar a sua vida e, assim melhorar seu emocional e seu comportamento. Obtendo uma Qualidade de Vida, se permitindo viver a sua obra, seus objetivos e seus ideais.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Identidade Profissional

Hoje, temos que escolher desde cedo o que profissionalmente queremos para o nosso futuro; Muitos têm escritos sobre esta escolha.
 Presta vestibular para o que? Devo seguir a escolha dos meus pais? Escolher uma profissão dá trabalho, uma vez que a cada minuto surge um fato novo, uma surpresa, um inesperado que exige correção de rota na vida, é quando enfim chegamos ao ápice daquela carreira projetada na mocidade, descobrimos que o que conquistamos não tem mais o mesmo valor de mercado, que tinha há 10, 15, 20 anos.
O grau de insatisfação é muito grande, após anos de trabalho e dedicação, amargamos a frustração de nos encontrarmos no início de tudo, com a consciência de que não somos nós os responsáveis por isso e, sim, a conjuntura econômica atual, a incerteza do outro no nosso potencial. 
O importante é estarmos atentos e abertos para estas mudanças em qualquer tempo.
O pior da insatisfação é a estagnação e a acomodação, devemos ser estar pronto a todas as circunstâncias, daí, necessariamente, flexível; Mas para sê-lo, o eixo da sua identidade não pode estar alienada a nenhuma situação, pois as situações são exatamente aquilo que muda depressa. Dificilmente, no mundo de hoje, uma pessoa terá uma só profissão, não há que se temer a quebra da identidade dita profissional, nem mesmo a social, por misturar competências diversas.
Apesar desta autoanálise, precisamos ter em mente que a escolha poderá mudar durante a carreira, porque o mundo está cada vez mais dinâmico e nossas buscas por realização também. A pessoa pode perder o rumo, não saber o que vai fazer, mas tem quer seguir em frente, razão para nos ajudar a viver melhor.

Myrian Fernanda

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Líder: Competência Emocional


Gostamos de ser únicos, especiais e inconfundíveis, fazemos uma avaliação positiva da nossa aparência, achamos que somos essencialmente do ponto de vista intelectual e emocional superior aos demais a ponto de acharmos que aquele cargo aquela posição aquela promoção foi criada exclusivamente para nos. Daí passa a pensar. Eu posso querer ser promovido rapidamente para a direção da empresa onde trabalho? Posso ser o líder?
Estar maduro para assumir uma determinada função significa ter a competência técnica necessária e também estar psicologicamente apto às responsabilidades e tensões próprias daquele cargo. O líder tem um compromisso com sua paixão, acima da vontade de ser compreendido pelo outro. Liderança é a arte de comandar pessoas, atraindo seguidores e influenciando de forma positiva mentalidades e comportamentos.
A  liderança pode surgir de forma natural, quando uma pessoa se destaca no papel de líder, sem possuir forçosamente um cargo de liderança. É um tipo de liderança informal. Quando um líder é eleito por uma organização e passa a assumir um cargo de autoridade, exerce uma liderança formal. Para que isto aconteça um bom relacionamento é fundamental, se desenvolve quando há confiança, empatia, respeito e harmonia entre as pessoas envolvidas. Essa fórmula do politicamente correto funciona ao nível da necessidade, mas nem sempre ao nível do desejo. Desejar é ter um desejo sempre de outra coisa. Mas é preciso ver se tenho competência emocional para arcar com este grau de responsabilidade e de obrigações.  É preciso ver se eu posso assumir o cargo que tanto desejo. Se não estiver pronto para ele, isso poderá me pesar tanto que não será incomum que eu venha a ter problemas físicos e emocionais.  
“Será necessário um grande trabalho interior para que se processe o desenvolvimento íntimo que criará as condições para o exercício daquilo que se quer” (Flavio Gikovate)
Numa busca devagar, lenta, mas consciente do outro e de nós mesmos nos acostumando com a nova situação que atingimos a competência emocional. Com a convicção de o seu gesto inventar uma solução e, em seguida, ser capaz de inscrevê-la ao mundo.

Myrian Fernanda

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Trabalho Inclusivo

A importância do conhecimento no processo de evolução pessoal, vencer inibições, medos, ultrapassar nossas deficiências.  Hoje é muito comum pessoas acima dos 60 anos voltarem para a universidade tentando uma área nova ou complementar à sua. Pessoas de diferentes perfis com múltiplas habilidades, e das mais diversas trajetórias de vida, quando unidas surge o que se poderia chamar de trabalho inclusivo. Nos tempos modernos, a invenção da internet permitiu que os seres humanos possam compartilhar informações mais rápido do que nunca. Entre as necessidades de um grande grupo de indivíduos idosos, está à exigência de oportunidades de serem incluídos nas decisões a respeito da sociedade e de sua vida diária, O despreparo para viver as diferentes etapas do ciclo de vida mostra que há falta de conhecimento, e que cada etapa exige do ser humano a compreensão de que “cada fase da vida representa algo de novo, que não foi vivido anteriormente e que o homem é um outro” (Guardini 1990). A falta dessa compreensão indica que nem sempre o ser humano tem condições de entender e acompanhar as mudanças que lhe são impostas principalmente quando esse for idoso e quer vencer medos e ultrapassar deficiências. A classificação de um indivíduo como idoso não deve limitar-se apenas à idade cronológica, embora a mesma tenha sido adotada de forma massiva e quase como exclusiva nas discussões sobre o envelhecimento; É fundamental também levar em conta as idades biológica, social e psicológica, que não coincidem necessariamente com a cronológica.
É fundamental chamar a atenção do Governo e da sociedade para a grave situação dos idosos em nosso país, voltar à atenção à saúde ao idoso é um ato político que envolve diferentes atores sociais: gestores, sociedade civil organizada e a clientela de idosos, que, em um processo democrático, participativo e consensual, articulam-se entre si e negociam as tomadas de decisões para o enfrentamento do envelhecimento populacional, com a inclusão no trabalho.
O envelhecimento populacional atinge vários países. A cada dez indivíduos no mundo, um tem mais de 60 anos, sendo que o Brasil no ano de 2030 será a sexta população mundial em número absoluto de idosos (Fundação IBGE). Os aspectos que compõem a totalidade do ser humano não dizem respeito somente ao indivíduo, atinge também o sócio-cultural. E a questão do envelhecimento da população brasileira é tão sério que mobiliza qualquer segmento da sociedade. 
Parafraseando Lehr (1999), pode-se inferir que é preciso haver uma mudança de valores, sobretudo no que tange à imagem negativa que a sociedade propaga dos idosos, de fragilidade e dependência.


Myrian Fernanda

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Relação Homem Tecnologia


Nos primórdio da civilização o homem se preocupava apenas com a sua sobrevivência que passava pela busca do alimento; Com a evolução da espécie veio não só a busca pela sobrevivência mais também pelo status e manutenção deste. Com o advento da internet e as suas diversas formas de visualização no mundo e o surgimento de um enorme número de novos produtos, com informação que chega a tempo real e sem dúvida, propriedades úteis e atraentes à nossa disposição a todo o momento; Por exemplo, na indústria, novos produtos são lançados independentemente da necessidade do mercado.
O homem vive uma nova busca que não é mais “ser ou ter”, mas o que é visto o que aparece, se bombardeando numa busca frenética para aproveitar e armazenar tudo o que ver e ouvi, sem saber o que fazer com essas informações, apenas se importando com o acumulo destas, para se tornar um ser a que tudo sabe, poderoso e insubstituível, tudo isto para manter o seu status, de modo que se empenha cada vez mais em ganhar o dinheiro necessário para sua aquisição. É neste momento que se da conta que na mesma velocidade que as informações chegam, elas mudam ficando o homem em instante desatualizado e desinformado. Sabemos que, nesse novo tempo de impensado avanço tecnológico, há sempre mais a fazer, daí estar nas mãos de cada um a responsabilidade pelo limite. Estão todos expostos a um volume de informações tão grande que não consegue mais guardar tudo o que se ver, ouvi e ler, então surge um tipo de depressão, ansiedade, angustia sobre o futuro. 
São inegáveis os benefícios que a tecnologia e a globalização trouxeram ao homem e a civilização citando como exemplos a comunicação entre culturas e povos com transmissão de conhecimento através da rede, mas temos que nos conscientizar que esta tecnologia é um instrumento de auxilio ao homem, daí conscientizar limites a este acesso de informação e assimilação descartando esta forma de pensar industrializada, buscando assim uma forma de pensar consciente tornando esta relação homem tecnologia uma relação saudável. Pois quando pensamos em evolução significa comumente algo bom, sem esquecermos da hipótese de existir uma evolução exagerada. Desta forma o homem tendo uma liberdade de consciência no que diz respeito à administração de suas próprias vidas. Tornando o pensamento contemporâneo de aceitar a simplicidade e a relativa banalidade da condição humana. 

Myrian Fernanda

Atividades Socialmente Valorizadas


O trabalho sempre teve uma importância na vida dos indivíduos, mas nos últimos anos observa-se um grande investimento, preparação e dedicação por parte das pessoas, principalmente por parte daqueles que trabalham na assistência de outros, como os que atuam em atividades socialmente valorizadas; Não há dúvida acerca de que o assumir tais posições implicam na maior causa de tensões, angústias e todo o tipo de desgaste psicossomático a rotina de pelo menos oito horas diárias, mais as outras atividades ligadas ao trabalho tomam mais de 1/3 do dia desses profissionais. Para tanto há vários estudos mostrando o impacto do trabalho nas vidas destes. Frases do tipo “Não tive tempo: de te ver, de te responder, de concluir a apresentação, de entregar o artigo, de cumprir o prazo, de viajar, de ir ao banco, de consertar a luz. Não tive tempo nem de te explicar que não teria tempo, pois, quando vi, já era, já tinha passado o tempo” (Forbes 2007). Isto faz parte do cotidiano destes profissionais, trazendo resultados nem sempre saudáveis em aspectos como: bio-psíquico-social.
Também não é de se estranhar que os executivos altamente sobrecarregados de preocupações tendam para o abuso de algum tipo de substancia ou medicamento, condição indispensável para poderem se sentir mais leves, descontraídos e bem humorados. Este fenômeno vem ocorrendo em vários países, incluindo o Brasil. Neste país, tal processo vem acontecendo de forma rápida, de modo que somente quando chegam os sintomas e prejuízos físicos, profissionais, sociais, familiares e econômicos é possível perceber o desgaste que há por trás deles.
Para que consigamos modificar, basta saber as limitações e competências e responsabilidade e o peso que nossas ações e decisões têm o poder de interferir sobre o estado de outra, ou outras, pessoas. É evidente que o objetivo maior destas atividades é o de nos ajudar a viver melhor.

Myrian Fernanda